terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Ganhou a lotaria mas lavou o bilhete premiado


© EPA/WILL OLIVER Os números do bilhete premiado foram conhecidos a 9 de janeiro

A pequena cidade de Worcester, em Inglaterra, estava em polvorosa desde quinta-feira da semana passada. Quando ninguém apareceu para reclamar a metade que faltava atribuir do 'Jackpot' de 9 de janeiro da Lotaria Nacional britânica, o operador do prémio decidiu revelar a zona onde o bilhete premiado tinha sido comprado, numa tentativa de avivar a memória do vencedor, incentivando-o a ir buscar o que era seu: cerca de 43 milhões de euros. Foi assim que os habitantes da cidade, próxima de Birmingham, ficaram a saber que tinham entre si, potencialmente, um multimilionário.

O truque deu resultado: uma mulher, entretanto identificada pelo The Telegraph como Susanne Hinte, divorciada de 48 anos e nacionalidade alemã, a residir em Inglaterra há mais de três décadas, recordou-se que tinha comprado um bilhete da lotaria e tê-lo-á procurado incansavelmente, até descobrir que o tinha deixado no bolso de uma calças que, entretanto, foram lavadas na máquina. Os números eram os vencedores.

De acordo com os meios de comunicação social britânicos, a mulher vive a cerca de quilómetro e meio da casa onde o bilhete foi comprado e estará "devastada" pelos acontecimentos. A sua filha, de 28 anos, disse ao Telegraph que a mãe tem os números vencedores e até já começou a receber cartas de pessoas que descobriram a sua identidade, a pedirem-lhe somas elevadas de dinheiro.

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No dia 9 de janeiro, quando foram conhecidos os números premiados da lotaria, soube-se que dois bilhetes tinham levado o primeiro prémio, pelo que o 'Jackpot' de quase 90 milhões foi partido ao meio. David e Carol Martin, um casal que vive junto da fronteira com a Escócia, levantou a parte que lhe cabia e o resto ficou a aguardar. Tratava-se do maior 'Jackport' desde que a Lotaria Nacional foi lançada, em 1994.

Segundo a filha de Susanne, a mãe tinha ficado a tomar conta dos netos na noite do sorteio e não voltou a lembrar-se de verificar os números no seu bilhete, até que a Camelot, que opera a Lotaria Nacional, decidiu revelar a cidade onde o bilhete foi comprado.

Susanne ter-se-á então deslocado ao mediador onde fez a aposta e mostrou-lhe a cautela. "Estava nervosa e assustada", garantiu à BBC Natu Patel, o agente. "Disse-me que a tinha lavado e, claro, o bilhete estava em más condições". Segundo Patel, a única data visível era o ano de 2016: o número de série e o código de barras estavam desvanecidos e ilegíveis devido à lavagem.

No seu apelo ao vencedor desaparecido, a entidade responsável pela Lotaria Nacional britânica frisou que se alguém acreditava ser o dono do bilhete premiado mas fora roubado, tinha-o perdido ou lavado, que entrasse em contacto: tem 30 dias para reclamar o prémio, que poderá ser-lhe entregue após análise. Agora, Susanne deverá esperar até que a Camelot valide as provas que apresenta e decida - ou não - fazer dela uma multimilionária.

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